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Dicas

Por que o futuro da alimentação é uma “inovação invisível”

Quando você ouve “o futuro da alimentação”, o que vem à mente? Sintetizadores de alimentos do tipo Star Trek, pílulas para substituir o almoço, carne cultivada em laboratório e insetos para obter proteínas? Sim, o futuro da alimentação pode conter essas coisas. No entanto, também será muito menos… estranho.

É o que afirma Beatriz Jacoste Lozano, diretora do KM ZERO Food Innovation Hub. A TNW conversou com ela durante o Valencia Digital Summit da semana passada, para saber mais sobre o trabalho crucial de transformar a forma como obtemos nossos alimentos, ao mesmo tempo em que atendemos à conexão emocional que temos com o que comemos.

“Se queremos que um produto funcione no mercado, ele precisa estar alinhado com a identidade cultural”, afirma Jacoste Lozano. “A comida é algo muito próximo da nossa identidade, das nossas memórias, dos nossos desejos. Então também tem que ser delicioso né, e esse é o nosso primeiro requisito para um novo alimento. Dito isto, há muita coisa que precisa de mudar – o nosso sistema alimentar está falido.”

Como nossos sistemas alimentares estão falhando

E é realmente um sistema falido. A indústria alimentar é largamente dominada por empresas multinacionais que incentivam padrões de produção e consumo insustentáveis ​​e pouco saudáveis. É também o principal motor da perda de biodiversidade no planeta. Na verdade, agricultura sozinha é a ameaça identificada para 24.000 das 28.000 (86%) espécies em risco de extinção.

É também responsável por 30% das emissões globais de dióxido de carbono e 80% do desmatamento global é resultado da expansão agrícola. E ainda assim, o sistema não conseguiu erradicar a fome e a inanição. “Nosso sistema alimentar também falha no fornecimento de nutrição às pessoas”, afirma Jacoste Lozano. “900 milhões de pessoas ainda passam fome.”

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Até 2050, enfrentará a enorme tarefa de alimentar 9,8 mil milhões de pessoas. Além disso, as doenças relacionadas com a alimentação são uma das três principais causas de morte em todo o mundo, colocando os sistemas de saúde públicos sob enorme pressão e com grandes custos para a sociedade.

Reformar a forma como produzimos e consumimos alimentos é absolutamente essencial para a saúde do planeta — e da humanidade.

Nem toda tecnologia alimentar é alta tecnologia

A KM ZERO procura facilitar e acelerar essa mudança através da inovação aberta e do investimento. O centro analisa as necessidades da indústria alimentar, que assumem principalmente a forma de desafios de sustentabilidade. Estes podem estar relacionados com embalagens, utilização de água, emissões de carbono, qualidade do solo, etc. Mas não para por aí, e nem tudo é alta tecnologia.

“Achamos que a sustentabilidade não é suficiente – estamos agora a falar de regeneração e restauração”, afirma Jacoste Lozano. “Não acreditamos que toda inovação tenha que ser digital e tecnológica, também acreditamos em olhar para trás, para práticas regenerativas.”

Beatriz Lozano em frente à tela de apresentação no palco