A semana começa com a escalada de estresse geopolítico no Oriente Médio, que renovou o sentimento de aversão ao risco no mercado financeiro e fez o preço do petróleo disparar na última sexta-feira.
“Há bons motivos para se antecipar que uma vez que Israel – nem a comunidade das nações – não tem um plano para a população palestina após o ataque é de se esperar mais intensa na região com efeitos mais espraiados, aí sim, sobre o preço dos ativos”, afirma o economista André Perfeito.
Não Brasildistante do conflito, uma semana é de destaque para indicadores de atividade econômica do mês de agosto. A sequência de dados começa com a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) na terça-feira, seguida pelas vendas no varejona quarta.
“O setor de serviços deve continuar se mostrando mais dinâmico em relação aos demais, enquanto o comércio deve recuar na margem”, diz análise do Bradesco.
Para o primeiro indicador, o Itaú estima um crescimento anual de 0,3%, sendo os serviços às famílias o componente mais importante da pesquisa a se observar. No caso do varejo, o banco projeta uma retração mensal de 0,4% no índice amplo.
Na quinta-feira, ainda tem o indicador de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Brcom estimativa de queda mensal de 0,3%.
Em Brasília, há chances da Câmara votar uma proposta de tributação de investimentos no exterior e fundos exclusivos.
Destaques do exterior
Na agenda dos Estados Unidos, os destaques também são indicadores de atividade econômica. Na terça-feira (17) saem como vendas do varejo e produção industrial.
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Para o primeiro indicador, o consenso aponta para uma alta de 0,3% em setembro na comparação com agosto. Para a indústria, a expectativa é de estabilidade, na mesma base de comparação.
Os números devem mostrar se o consumo nos Estados Unidos está desaquecendo e qual o ritmo de recuperação da atividade fabricante do país.
Os investidores também devem ficar atentos a uma série de discursos de dirigentes do Fed, a começar por Patrick Harker, presidente do Federal Reserve da Filadélfia, já nesta segunda-feira. Na semana passada, ele afirmou que o BC americano tem condições de parar de subir juros.
Harker é um dos membros votantes do Comitê de Mercado Aberto, o Fomc, que se reunirá nos próximos dias 31 de outubro e 1 de novembro.
Mas a semana também traz novas falas de dirigentes que são a favor da continuidade do ciclo de acordos financeiros, como Michelle Bowman e Chris Waller, diretores do Fed.
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Na quinta-feira, em uma agenda contendo discursos de dirigentes, o destaque é a participação do presidente Jerônimo Powell em uma discussão sobre perspectivas para a economia americana, em Nova York.
Mas antes disso, na quarta-feira, tem o Livro Begedocumento que traz uma visão geral de lideranças econômicas nos doze distritos do BC americano.
Balanços das empresas
A temporada de resultados trimestrais das empresas americanas começou com números sólidos do JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup. Na terça-feira (17) saem os balanços de Bank of America e Morgan Stanley. Na quarta-feira (18) é a vez do Goldman Sachs.
Nesse mesmo dia, os balanços da Netflix e da Tesla marcam a estreia de grandes empresas de tecnologia na temporada de resultados.
Confira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2023 da Bolsa brasileira
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PIB sem radar
O calendário econômico chinês está sendo movimentado nos próximos dias. A semana já começa com a decisão sobre juros dos empréstimos pelo Banco Central do país. O consenso do mercado prevê que as taxas sejam mantidas. Mas há chances do BC chinês reavaliar sua política monetária, diante da crise de liquidez no setor mobiliário do país.
A quarta-feira é o dia mais esperado, com a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no terceiro trimestre. A expectativa é de um crescimento anual de 4,4%, uma desaceleração antes do avanço de 6,3% no segundo trimestre.
Caso a previsão se confirme, a meta de crescimento anual do governo chinês para a economia, de 5%, corre o risco de não se concretizar.
No mesmo dia da divulgação do PIB, também estão previstas as dados de vendas do varejo, produção industrial e taxa de desemprego.
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